segunda-feira, 19 de outubro de 2015

De Santiago a Mendoza de carro






Diante da dificuldade de encontrar posts relacionados à travessia da fronteira do Chile com a Argentina, de carro, resolvi contar aqui como isso é possível.

Saímos de São Paulo, num voo da TAM as 07:35 e às 11:15 já estávamos em Santiago.
Alugamos um carro no site www.chileanrentacar.cl. No próprio site é possível solicitar a documentação exigida pelas aduanas dos dois países. Essa foi a única locadora cuja tarifa cobrada inclui a permissão para sair com o veículo do País bem como o seguro de responsabilidade civil. Além disso, o seguro contra roubo e colisão também tem validade em Mendoza, apesar de bloquearem em seu cartão de crédito uma garantia no valor de 1.400.000,00 pesos chilenos.  É como se fosse uma franquia. Então dirigir com prudência e deixar o carro sempre em estacionamento com seguro ajuda a não ter despesas extras. Pagamos, por seis dias de aluguel + documentos, pouco mais de R$2.000,00.

Tanque cheio, documentação do veículo em mãos, mais os passaportes e o ticket de entrada no Chile, pudemos passar pela fronteira. Só não foi super tranquilo, porque havia uma fila enorme de carros e ônibus quando chegamos ao Paso Horcones, logo após a divisa entre Chile e Argentina.  Ficamos na fila por três horas e meia.  Pessoas em Mendoza nos disseram que tivemos sorte, pois a estrada estava aberta e no verão o tempo médio de espera costuma ser de até nove horas.....  Acredito que pegamos muita fila pois era véspera de feriado prolongado nos dois países. No entanto, a paisagem é indescritível. Vale muito a pena. Não deixe para abastecer na estrada, pois NÃO HÁ  muitos postos de combustível no trajeto. Sugiro levar também água, alguma coisa para comer que não seja frutas ou alimentos de origem animal.

Os trâmites são efetuados num só local, de forma conjunta entre os dois países.  Na ida faz-se no lado argentino e na volta em território chileno, no Paso Los Libertadores, cuja fiscalização é minuciosa (vistoria de malas, mochilas). Felizmente não pegamos fila no retorno a Santiago. Quanto aos pedágios é bom levar pesos chilenos para ida (2 praças de pedágio no valor de 1.100,00 cada) e pesos argentinos (pedágio do túnel Cristo Redentor 30,00 pesos na ida e o mesmo valor para volta).


Portanto, se alguém pretende fazer essa maravilhosa travessia através dos Andes, no inverno, deve atentar para as condições da estrada em relação ao clima. Todas as informações podem ser encontradas no site www.pasosfronterizos.cl.  Vale agendar a data de ida e de retorno com folga para sua volta ao Brasil. Aí é só curtir o visual.  A estrada é bem pavimentada, mas extremamente sinuosa. O tempo de viagem vai depender das paradas que fizer pelo caminho.  Se quiser um lugar para almoçar, indico o El Rancho, que fica na própria Ruta 7, já em território argentino, na cidade de Uspallata. Bife de chorizo maravilhoso.

Puente del Inca


Caracoles


Vi muitos comentários sobre a travessia de ônibus. Realmente é bem mais barato, mas estando de carro você pode parar quando quiser e fotografar muitos dos pontos turísticos que existem pelo caminho, como a Puente del Inca e o Cerro Aconcágua, por exemplo.  Paramos também em Portillo, ainda do lado chileno, mas a estação de esqui já estava fechada. Nossa viagem foi na primeira semana de outubro/2015.



Túneis da estrada